A cirurgia de catarata por facoemulsificação é realizada através da utilização de uma caneta ultrassônica a qual é introduzida no olho por uma pequena abertura de aproximadamente 2.5 mm. A energia ultrassônica possibilita a destruição e aspiração do cristalino opaco (catarata). A cirurgia pode ser realizada sob anestesia tópica através de gotas de colírio anestésico ou por bloqueio local do olho. Em ambos os casos o paciente é liberado no mesmo dia sendo necessário a revisão no dia seguinte.
A catarata é removida por meio da facoemulsificação ou cirurgia com pequena incisão. Usando apenas anestesia tópica (colírios) faz-se uma incisão em degrau de cerca de 2,5 mm na esclera (parte branca do olho) ou na córnea clara (logo acima da área onde a córnea encontra a esclera). Com o ultra-som, a catarata é fracionada em partículas microscópicas e aspirada. Em seguida, para compensar a remoção do cristalino, é implantada uma lente intra-ocular (LIO). A incisão em degrau faz com que o olho permaneça completamente selado pela pressão natural externa.
Os últimos 30 anos foram marcados por grandes conquistas nas cirurgias de catarata. Até a década de 70, a cirurgia consistia em uma extração completa do cristalino com o auxílio de sonda de crio, cirurgia esta chamada de facectomia intra-capsular ou FIC, que consistia no congelamento do cristalino o qual era posteriormente “arrancado” da sua posição original.
Além das limitações e complicações inerentes à técnica, tal procedimento somente era realizado sob anestesia geral, com o paciente tendo que permanecer deitado por até uma semana.
Seguindo a evolução, a FIC foi substituída pela facectomia extra-capsular ou FEC, na qual o cristalino é totalmente removido preservando-se o saco capsular, o qual posteriormente serve de suporte para o implante da lente intra-ocular.
Esta técnica, ainda hoje muito utilizada, possibilitou uma rápida recuperação visual, além de uma melhora na qualidade visual final do paciente.
Atualmente, temos a facoemulsificação e as lentes intra-oculares dobráveis. Esta cirurgia pode ser realizada através de anestesia tópica (gotas de colírio) ou por bloqueio local, decisão esta tomada pelo oftalmologista de acordo com a experiência do cirurgião e análise de cada caso.